Visto para procurar trabalho em Portugal ainda não pode ser pedido. Entenda!

Empresa contratada pelo Estado informa que não há prazo para nova modalidade. No portal E-Visa, acesso está "escondido".
Partilhamos essa informação do site oglobo, que achamos ser importante para compreendermos o por quê de ainda não ser possível fazer o agendamento de vistos para essa modalidade. A notícia observa o contexto do Brasil, mas cremos ser o mesmo para os outros países.

Mesmo previsto para começar a funcionar desde o último domingo, o novo visto para procurar trabalho em Portugal não pode ser pedido.

O Portugal Giro entrou em contato com a empresa VFS Global, que foi contratada pelo governo de Portugal para ser a responsável pelos pedidos em todos os consulados do Brasil. A resposta foi:

“O projeto foi aprovado, porém ainda não há prazo de regulamentação em Lei para ser institucionalizado com implementação no Brasil”.

No entanto, o Decreto Regulamentar n.º 4/2022, de 30 de setembro, publicado no Diário da República, informa o seguinte:

“Artigo 7.º
Entrada em vigor

O presente decreto regulamentar entra em vigor 30 dias após a sua publicação”.

A empresa recomendou a verificação do “site oficial regularmente para acompanhar as atualizações que possam ter em breve”.

Desde o anúncio dos novos vistos, houve ruído na comunicação com os postos consulares e atrasos na implementação.

Em 25 de agosto, um decreto no Diário da República informava que o novo visto passaria a valer no dia seguinte, como garantiu uma jurista do Ministério de Negócios Estrangeiros (MNE) ao blog.

No entanto, os consulados seguiam sem a regulamentação, que só teria sido remetida no segundo decreto, de 30 de setembro.

Para o advogado Fábio Pimentel, a existência de um prazo para entrar em vigor, não cumprido, poderia indicar problema operacional.

— Acho que está mais para uma questão operacional. A empresa sequer menciona os novos vistos no site. É complicado, porque o governo delega atividade de Estado a uma empresa privada, que cobra por isso. E ela, aparentemente, não se preparou. Mas também há hipótese de não ter sido orientada — disse Pimentel.

Já o advogado Raphael Rocha, da LisbonLaw, informou que a modalidade já consta no portal E-Visa, uma plataforma do governo de Portugal distinta da VSF. Porém, a informação sobre o acesso está escondida.

— Só aparece como opção se, antes, o candidato indicar a opção "mais de 1 ano" (no campo "pretende ficar"), o que não faz sentido, porque o prazo máximo do visto é de 180 dias.

O pedido, em tese, até poderia ser feito pelo E-Visa, mas é a VSF que concentra, obrigatoriamente, os pedidos no Rio, São Paulo e Brasília, cidades com histórico de grande volume de requisições.

O visto para nômades digitais também segue a mesma linha. Aparece no E-Visa como trabalho remoto, mas, em tese, só pode ser pedido online em Salvador e Belo Horizonte.

Rocha lembrou que já está disponível o formulário de manifestação de interesse para inscrição no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e também apontou erros na relação de documentos exigidos no E-Visa:

— O portal exige a apresentação de documentos que foram dispensados pelo Decreto, na forma do art. 12/3 (seguro viagem, comprovativo dos meios de subsistência e bilhete de regresso) — disse Rocha.

Fonte:
oglobo.globo.com/

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